Introdução
O que é a Fitoterapia Chinesa?
Formas farmacêuticas da Fitoterapia Chinesa
Qualquer pessoa pode usar a Fitoterapia Chinesa?
Considerações Finais
Introdução
A Fitoterapia Chinesa também conhecida como medicina herbal Chinesa é uma abordagem holística e natural que faz parte da Medicina Tradicional Chinesa e por isso segue as teorias e os princípios da Medicina Chinesa com o objectivo de prevenir e tratar doenças do corpo e da mente assim como proteger e preservar uma boa saúde.
Olá e sejam bem-vindos, o meu nome é Vânia e eu sou especialista de Medicina Chinesa, Acupunctura e Fitoterapia. E hoje vamos ver o que é a Fitoterapia Chinesa.
O que é a Fitoterapia Chinesa?
A Fitoterapia Chinesa “é a terapêutica que utiliza, como ingredientes terapêuticos, substâncias provenientes de plantas, e inclui a promoção da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e o tratamento, abrangendo ainda o aconselhamento dietético e a orientação sobre estilos de vida.
A Fitoterapia é uma terapêutica com uma concepção holística, energética e natural do ser humano, e métodos de diagnóstico, prescrição e tratamento próprios assentes em axiomas e teorias específicos, que utiliza como ingredientes terapêuticos plantas frescas ou secas, medicinais e alimentares, substâncias provenientes de plantas, nomeadamente óleos essenciais e florais, e os seus extratos e preparados que contêm partes de plantas ou combinações entre elas, para diferentes formas de utilização, incluindo a interna e a externa, e usa suplementos alimentares e dietéticos. As plantas ou as suas preparações podem ser produzidas para consumo imediato ou como base para suplementos alimentares e produtos vegetais (...)”.
Como se faz o tratamento com Fitoterapia?
Antes de se iniciar o tratamento com Fitoterapia Chinesa e assim como com qualquer abordagem terapêutica da Medicina Chinesa temos de realizar o diagnóstico individual e específico de cada doente.
Depois da consulta e do diagnóstico individual do doente tenho duas hipóteses para fazer o tratamento, exclusivamente com Fitoterapia ou usar a Fitoterapia como complemento do tratamento com outras abordagens da Medicina Chinesa. Ou seja, na primeira opção em que faço o tratamento exclusivamente com Fitoterapia, a Fitoterapia é a única ferramenta que utilizo para corrigir as desarmonias do doente e recuperar a saúde. Na segunda opção, faço o tratamento com acupunctura, massagem Tuina e Ventosaterapia, por exemplo, e para reforçar o tratamento realizado indico ainda o uso de Fitoterapia.
Algumas formas farmacêuticas da Fitoterapia Chinesa
Na Fitoterapia Chinesa, as plantas ou substâncias provenientes de plantas podem ser usadas isoladamente ou em combinação tendo em conta os sintomas do doente, o seu diagnóstico individual, condições de saúde e desequilíbrios energéticos.
Existem várias formas farmacêuticas que são basicamente a maneira como podemos tomar as plantas. Essas formas de apresentação das plantas medicinais podem ser fórmulas ou medicamentos à base de plantas, infusões, decocções, tinturas, pós, grânulos, cápsulas, comprimidos, pomadas, entre outras.
Além das formas de apresentação também pode ser interessante saber qual a parte da planta que é usada. E isso interessa saber por quê? Porque estas são as partes das plantas onde estão as substâncias activas, ou seja, as substâncias que têm as propriedades com os efeitos terapêuticos que queremos usar. Por exemplo, a parte do gengibre usada é o rizoma, a da camomila é a flor e a da cavalinha é o caule.
Antes de avançarmos queria partilhar convosco o canal da minha amiga Sónia, o canal é o Green Medicine, um canal sobre plantas, chás, tinturas, pomadas, basicamente tudo sobre plantas e onde podem aprender a fazer a vossa farmácia natural em casa. Vou deixar o link na descrição e quando este vídeo terminar passem pelo canal da Sónia, o Green Medicine, vejam e subscrevam.
Qualquer pessoa pode usar a Fitoterapia Chinesa?
Não, para se usar a Fitoterapia Chinesa é preciso haver um diagnóstico específico e detalhado que permita definir qual a causa do problema da pessoa e a sua desarmonia energética. Só nessa altura é que o especialista de Medicina Chinesa ou de Fitoterapia terá as informações necessárias para indicar qual a planta ou combinação de plantas, qual a fórmula ou chá ou tintura que será a indicada para corrigir a desarmonia apresentada pelo doente.
Cada pessoa tem um padrão energético específico por isso é que é importante diagnosticar quais os sistemas que precisam de ser equilibrados, só assim é possível escolher a Fitoterapia Chinesa adequada a cada caso.
As plantas medicinais podem ter efeitos secundários ou não desejáveis. Apesar de ser um tratamento natural e de venda livre, a Fitoterapia não deve ser tomada sem cuidado ou sem indicação de um profissional de saúde qualificado.
As plantas podem interagir com medicamentos. Os seus efeitos mais ou menos desejáveis e a sua possível toxicidade variam consoante a posologia, ou seja, dependem da quantidade e do número de vezes que as tomamos. Há plantas que induzem, que intensificam o efeito da medicação e outras que inibem, que anulam o efeito da medicação. Por este motivo a utilização da Fitoterapia, de plantas, mesmo em forma de chá, deve ser feita com indicação de um profissional de saúde qualificado uma vez que existem casos em que as plantas podem interferir com os medicamentos.
Não usem plantas ou substâncias provenientes de plantas sem aconselhamento do vosso farmacêutico, fitoterapeuta ou médico.
É importante perceber que não é porque determinada planta ou conjunto de plantas foi adequado para tratar uma pessoa que vai ser adequado para tratar outra, ou seja, não é porque resultou com a minha amiga ou amigo que vai resultar comigo tem de haver uma análise pormenorizada de cada caso antes de se começar a tomar plantas ou medicamentos à base de plantas.
Considerações finais
Na Medicina Chinesa a mesma doença pode ter várias causas diferentes e cada pessoa tem uma condição energética característica, quer isto dizer que apesar de duas pessoas poderem ter a mesma doença, essas duas pessoas não são iguais e como tal vão ter condições energéticas diferentes. Por esse motivo, apesar da doença ser a mesma, o desequilíbrio que está na sua origem, na causa da doença não é o mesmo, logo o tratamento não vai ser igual.
Espero esta explicação tenha sido útil e desta forma apresento mais uma abordagem terapêutica da Medicina Chinesa. Por hoje é tudo, obrigada por terem lido, espero que tenham aprendido alguma coisa e como sempre, até à próxima!
- Vânia
Referências Bibliográficas
Portaria n.º 207-E/2014 de 8 de outubro Diário da República, 1.ª série — N.º 194 — 8 de outubro de 2014
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